Black Mirror - Resumo da temporada 4 (parte 1)

Olá gente!
Como vocês estão??
Ansiosos?
Pois eu estava desde que anunciou a abertura da 4° temporada de Black Mirror. E...
NOSSA EU PRECISO FALAR SOBRE ISSO!!

*****Aviso*****
 Eu não sou uma crítica de cinema e nem desejo me passar por uma. Neste artigo pretendo expor as minhas opiniões sobre como eu senti assistindo. E resumir um pouco os episódios comentando minhas experiências. 
(PERDOA MINHA IGNORÂNCIA E NÃO DESISTE DE MIM!)


Pois bem, pra quem ainda não sabe o que é Black Mirror vou explicar muito basicamente aqui.

Primeiramente, Black Mirror é uma série de Ficção Científica (Ou mais ou menos isso) que fala sobre a relação humano-máquina ou melhor dizendo humano e tecnologia. É uma série que não se sabe exatamente em que época se passa e os episódios não são conectados - logo, se você assistir o primeiro episodio da primeira temporada e depois o primeiro da quarta não vai fazer muita diferença no entendimento do mesmo. Ela foi lançada pela Channel 4 no Reino Unido em 2011, tendo suas duas primeiras temporadas lançadas lá e depois passou a ser transmitida pela Netflix (já com as temporadas 3 e 4).

O primeiro episódio foi suuuper polêmico. Levantou várias questões lá na Inglaterra e coisas com o congresso, pra você ter noção de como a série é bem bolada. Mas seguindo... Uma coisa que sempre está presente é a nossa relação com a tecnologia. SEMPRE.



Todos os episódios são, de certo modo, obscuros e distópicos - cada um ao seu modo. Os personagens sempre estão em conflito entre seus iguais e ,as tecnologias existentes na trama, vão intensificando algumas características humanas cruéis a partir da existência delas. Seja com a punição através do escrachamento digital, a alienação exacerbada, o uso de uma outro aparato tecnológico para fugir da vida e da realidade cotidiana, o uso dele para tirar algo de alguém (mesmo que seja suas memórias) etc etc.

Vale a pena conferir as primeiras temporadas da série, sem dúvidas. E os episódios são longos mas as temporadas são curtas (a 1° Temporada por exemplo tem somente 3 episódios, as temporadas mais longas que são a 3° e a 4° possuem apenas 6).

" - FÁCIL DE MARATONAR!! Você deve estar pensando.

Não pra mim, ao menos. Depende do seu estômago para lidar com alguns episódios. Eu mesma paro várias vezes, pego um ar, bebo uma água durante um episódio mais tenso. Alguns não consigo assistir mais nada depois. Mas isso, depende de como cada um lida com essas coisas.


RESUMO CRÍTICO DA 4° TEMPORADA


Analisando a 4° temporada em comparação com as outras 3 essa tem episódios bem mais leves e menos tensos do que as outras salvo um ou outro episódio como Crocodile, MetalHead e Black Museumn - que apesar de serem os mais violentos cada um tem seus pontos altos e baixos. 



A série acaba por explorar coisas que já haviam sido exploradas antes. Se tem algo que você vai encontrar na 4° temporada são clones digitais - que nos foram apresentados pela primeira vez em White Christmas. No fim, temos várias referências aos antigos episódios da série e uma volta de questões que já foram abordadas como a invasão da privacidade, a tendência humana em sentir prazer na dor de outras pessoas, a exclusão social através da realidade virtual e outros. Em questões narrativas ela não nos traz nada novo sob o sol. Quem acompanha a série não vai ter fortes emoções e nem vai ficar tão aflito como nas primeiras temporadas - que, para mim, são as melhores da trama. 

Nessa temporada temos 6 episódios e, explicando muito brevemente sobre cada um, são esses:

Ep 1 "USS Callister" - Que fala um pouco da interação entre as pessoas e os jogos virtuais.

Ep 2 "ArkAngel" - Sobre uma relação conturbada entre mãe e filha que passam dos limites com o uso de um sistema de monitoramento.

Ep 3 "Crocodile" - Onde temos uma personagem que faz de tudo para salvar sua reputação e uma seguradora que pode invadir memórias fotográficas a partir de uma máquina.

Ep 4 "Hang the DJ" - Que fala sobre um aplicativo de relacionamentos capaz de prever quanto tempo você ficará com uma pessoa e usa suas experiências para encontrar o "par ideal".

Ep 5 "Metalhead" - Sobre um mundo pós apocalíptico onde as máquinas possuem o controle.

Ep 6 "Black Museum"  - Uma história sobre um museu de artefatos criminais que envolve, em sua maioria, experiências falhas com a transferência da consciência humana.


Apesar de tudo o que já foi dito até aqui tenho que fazer minhas considerações ao que tem de positivo nessa temporada. Acredito que Charlie Brooker, criador da série, e toda a sua equipe de direção e roteiro queriam trazer algo um pouco diferente para a 4° temporada, e um pouco mais retrô também. E não digo isso apenas pelo piloto "USS Callister" com claras referências de Star Trek, mas também pelos outros 5 episódios que trazem referências as décadas anteriores aos anos 10.

Sinto também que é a temporada que mais levou para o Thriller da série, apesar de existirem outros episódios até mais pesados na temporadas anteriores, nesta em pelo menos 4, de 6 episódios, você verá sangue. Então não me surpreendem as criticas que li até agora apontando esta como "a mais fraca" das 4 temporadas.

Acredito que, no fundo, ela teria uma proposta diferente das outras 3 e que em sua grande parte serviu mais como um flash back para os amantes do bom e velho Sci-Fi (Sim gente, chorei nas referências e meu pai teria surtado se ele estivesse assistindo comigo) do que como uma série para abordar os limites das nossas interações com a tecnologia - como estamos acostumados a ver.

Na próxima postagem farei o resumo de cada episódio com as referências que eu percebi (conforme o prometido) e divulgo o link aqui logo logo. 

Sendo assim, uma ótima virada de ano para todos vocês e se você não assistiu ainda, corre pra ver e acompanhar essa temporada que, apesar dos pesares, vale a pena assistir.


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